domingo, 15 de março de 2020

10 doenças que podem ser curadas se fizeres “AMOR” todos os dias (...)


Alguns desses estudos aprofundam a questão e asseguram que o ato de fazer amor muitas vezes pode ajudar a curar certas doenças.
Os especialistas coincidem quando se trata de destacar os benefícios de manter a intimidade com seu parceiro, pelo menos duas vezes por semana.

Especialistas apontam que fazer amor periodicamente ajuda nosso corpo a liberar imunoglobulina, um anticorpo que nos protege de infecções e outras doenças.
Portanto, relacionamentos prazerosos podem se tornar o principal analgésico da população.
Os benefícios afetam todo o nosso corpo. Portanto, a prática da intimidade pode se traduzir em benefícios em nossa saúde mental, circulação sanguínea, incontinência, musculatura, etc.
Em seguida, detalhamos uma série de doenças que poderiam ser curadas fazendo amor periodicamente.

1. DORES DE CABEÇA
Também pode ajudar a aliviar dores de cabeça, graças à liberação de ocitocina e aumento de endorfinas. Essas hormonas ajudam nosso corpo e mente a relaxar naturalmente.

2. PROBLEMAS DE PELE
Também nos ajudará a ter uma pele radiante. Faz-nos liberar toxinas e isso é refletido diretamente na aparência da nossa pele.

3. ANTI-DEPRESSIVO
Ajuda a melhorar nossa auto-estima, pois é um anti-depressivo dos mais eficazes.

4. INSÓNIAS
O efeito de relaxamento do auge ajuda a liberar a tensão e a promover o sono após esse ato.

5. CANCRO DE MAMA
Essa atividade é uma das principais barreiras à proteção contra o cancro de mama, assim como o cancro de próstata. A estimulação da mama faz com que a mulher libere oxitocina, uma hormona que protege contra o surgimento desse tipo de cancro.

6. GRIPE
Sim, enquanto você lê, até mesmo para a gripe, funciona. Em tempos de gripe, fazer amor é o melhor remédio. A produção de anticorpos é desencadeada durante o prazer e, graças a isso, temos um poderoso antiviral.

7. MÚSCULOS CANSADOS
O ato em si é um relaxante muscular perfeito. É o melhor exercício para combater as sobrecargas musculares e articulares.

8. CORAÇÃO
A prática da intimidade é geralmente um aliado fundamental para um bom funcionamento do coração. Segundo os especialistas, ajuda a reduzir o risco de ataques cardíacos e outros problemas cardíacos.
9. INCONTINÊNCIA URINÁRIA
Normalmente, fazer amor será essencial para combater a incontinência urinária. Ao realizar este ato, a pélvis é fortalecida e, portanto, as odiadas perdas de urina são evitadas.

10. PRÓSTATA
Reduz o risco de cancro da próstata. É como uma barreira protetora contra o surgimento de possíveis tumores.
Aqui vai uma listinha de todos os benefícios de fazer “o amor” e como este contribui para a nossa saúde e bem-estar:
  • – O relaxamento propiciado pelo “o amor”, que se intensifica após o auge, leva oxigénio e nutrientes para todas as partes do corpo.
  • – Melhora o aspecto da pele e a saúde dos fios, principalmente do cabelo.
  • – Exercita músculos diferentes do corpo e a oxigenação ajuda na formação das fibras musculares.
  • – A oxigenação provocada pelo auge também chega ao cérebro, estimulando os neurónios e ajudando a fixar a memória, entre outros benefícios.
  • – Melhora a qualidade do sono e aumenta a disposição no dia seguinte.
  • – Combate a depressão e o transtorno de ansiedade.
  • – Fortalece o sistema imunológico e aumentam a resistência física.
  • – Melhora muito a vida a dois.
  • – Por fim, ficar sem também não faz mal.
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sábado, 29 de fevereiro de 2020

Veneza portuguesa é a cidade mais romântica de Portugal (...)





Aveiro - uma das cidades mais bonitas e românticas de Portugal, muitas vezes chamada de "Veneza Portuguesa", pois está situada junto ao mar e à ria e é atravessada por uma rede de canais por onde passeiam barcos moliceiros.

Falar de Aveiro é falar da famosa Ria que lhe está associada com os seus típicos barcos moliceiros decorados com fascinantes pinturas de tradição popular - uma das maiores atrações turísticas e uma das melhores formas de conhecer a cidade. Sabia que o nome destes barcos tem origem no moliço, plantas aquáticas para utilizar na agricultura que eram colhidas por ancinhos arrastados pelos barcos na Ria? e que nome Aveiro deve-se à existência de numerosas aves palmípedes que povoavam esta área lagunar? tendo sido o seu nome original Aviarium.



Reconhecida internacionalmente como a cidade-museu da Arte Nova em Portugal, Aveiro oferece-lhe a oportunidade única de ver a arte ganhar vida nos mais belos edifícios do País. Mantenha os olhos bem abertos ao pormenor para apreciar o ferro forjado em formas encantadas de flores e arabescos na Casa do Major Pessoa, os varandins e apontamentos florais da fachada do Edifício da Casa dos Ovos Moles e a estrutura imponente do Museu da Cidade.

        

Para voltar ao presente, viaje no tempo através da arquitetura contemporânea de Aveiro. A icónica Universidade de Aveiro e o Lago da Fonte Nova são exemplos vivos de como os tempos modernos foram também uma fonte de inspiração para os grandes arquitetos do nosso tempo.



E onde o tempo começou a produzir os seus efeitos, os artistas urbanos da cidade uniram-se para resgatar o maior tesouro da cidade: os seus históricos edifícios. Em Aveiro, são as obras do mundialmente aclamado VHILS que se destacam na paisagem urbana da cidade.


Locais a visitar

Museus
Museu da Vista Alegre
Aveiro é a terra natal das famosas porcelanas da Vista Alegre, um exemplo da longa tradição portuguesa na área da cerâmica. Situado no interior da fábrica original, onde são produzidas estas delicadas obras de arte, este museu é uma das atracções mais visitadas do distrito. Contemple os vestígios históricos das primeiras peças da marca, veja os desenhos antigos e saiba como funcionam as ferramentas usadas para criar estas maravilhas de porcelana, que foram evoluindo ao longo do tempo.


Museu de Aveiro
Situado no interior do grandioso Convento de Jesus, este museu é considerado um dos mais importantes de arte sacra do país. Expõe uma colecção de pinturas portuguesas dos séculos XVII e XVIII, meticulosos trabalhos de azulejos, peças elegantemente trabalhadas em ouro e um vasto espólio de vestuário, jóias e relíquias.


Museu Marítimo de Ílhavo
Este museu exibe uma interessante selecção da etnografia marítima de Aveiro, incluindo fascinantes exemplares dos primeiros moliceiros, uma variedade de ferramentas de navegação e fotos, bem como a maior colecção de conchas raras de todo o país. Em 2003, este museu foi distinguido com o prestigiado Prémio de Arquitectura Contemporânea Mies van der Rohe pelo seu design moderno.



Arquitectura religiosa

Igreja da Misericórdia
Esta igreja é um dos exemplares mais atractivos da arquitectura religiosa do distrito. Construída em finais do século XVI, este monumento exibe uma fachada tradicional com azulejos azuis e brancos, elementos renascentistas nos seus pórticos e uma maravilhosa selecção de azulejos coloridos no seu interior.


Convento de Jesus
Fundado no século XV, este antigo convento dominicano está fortemente associado à princesa mais influente de Aveiro – Santa Joana de Portugal. Conhecida pela sua devoção à religião que se prolongou por toda a sua vida, esta princesa entrou no convento em 1472 e aí viveu até à sua morte. Hoje, podemos visitar aquele que será o seu túmulo de mármore trabalhado, e admirar os motivos barrocos, os pórticos manuelinos, os claustros de inspiração manuelina e as capelas maneiristas que embelezam este monumento histórico.



Natureza

Parque Infante D. Pedro
Passe algumas horas longe do centro da cidade e desfrute de momentos tranquilos num dos parques mais belos de Aveiro. Caminhe pelos vastos jardins, faça um relaxante passeio de barco numa das lagoas e visite o Museu de Caça e Pesca situado neste espaço – um cenário ideal para passar uma tarde serena.

Reserva Natural das Dunas de São Jacinto
Localizada na ponta da bela península de São Jacinto, entre o mar e o estuário, esta magnífica reserva é um dos locais naturais mais conhecidos do país. Desde a sua inauguração em finais da década de 1970, os pântanos, lagoas selvagens e dunas de areia tornaram-se um habitat para a flora e fauna locais, sendo considerada um autêntico santuário de aves. Não deixe de explorar esta fantástica reserva, quer prefira percorrê-la pelos trilhos pedestres ou fazer um passeio nos típicos moliceiros.






Fotos:
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terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

Rainha do Mar – A história de Iemanjá (...)



“Dona Iemanjá. Onde ela vive? Onde ela mora? Nas águas, na loca de pedra, num palácio encantado no fundo do mar”, esse é um trecho da música “Rainha do Mar”, cantado pela querida Maria Bethânia em homenagem a um dos orixás mais adorados do Brasil, a Mãe de Todos Orixás, Iemanjá. A cantora baiana descreve um pouco a história da Rainha do Mar, mas não é só ela que tem uma música para a deusa, Marisa Monte também já homenageou Iemanjá em uma canção. Por que será que Iemanjá é tão consagrada assim no Brasil?


História de Iemanjá
Na mitologia yorubá (ioruba), Iemanjá, cujo nome tem significado de mãe dos filhos-peixe, é filha de Olokun, soberano dos mares, que deu a ela, quando criança, uma poção que a ajudasse a fugir de todos os perigos.

A deusa cresceu e se casou com Oduduá, com quem teve 10 filhos orixás (por isso seu nome significa também mãe de todos orixás). O ato de amamentar seus herdeiros fez com que seus seios ficassem enormes, e isso deixou ela com vergonha.

Cansada do casamento, Iemanjá resolveu abandonar Oduduá e ir atrás da felicidade. Nesta jornada apaixonou-se pelo rei Okerê. Porém, para ficar com ele, a Rainha do Mar exigiu uma condição: que seus seios enormes jamais fossem motivo de chacota, ele concordou imediatamente.

Os contos revelam que um dia, após Okerê bebeu muito e começou a zombar dos seios de Iemanjá. Ela ficou arrasada e fugiu. O rei tentou perseguí-la para desculpar-se, mas já era tarde. A Rainha do Mar usou a poção que ganhou de seu pai para escapar, transformando-se em um rio que encontrava o mar.

Desesperado e com medo de perder a esposa, Okerê transformou-se em uma montanha, ele queria impedir o curso do rio, antes que este chegasse ao mar. Iemanjá pediu ajuda ao filho Xangô e ele, com um raio, partiu a montanha ao meio, permitindo que a água seguisse o seu caminho. Desta forma Iemanjá encontrou o oceano e tornou-se a “Rainha do Mar”.


MITOLOGIA - LENDA 
por(Arthur Ramos)

Com o casamento de Obatalá, o Céu, com Odudua, a Terra, que se iniciam as peripécias dos deuses africanos. Dessa união nasceram Aganju, a Terra, e Iemanjá (yeye ma ajá = mãe cujos filhos são peixes), a Água. Como em outras antigas mitologias, a terra e a água se unem. Iemanjá desposa o seu irmão Aganju e tem um filho, Orungã.


Orungã, o Édipo africano, representante de um motivo universal, apaixona-se por sua mãe, que procura fugir de seus ímpetos arrebatados. Mas Orungã não pode renunciar àquela paixão insopitável. Aproveita-se, certo dia, da ausência de Aganju, o pai, e decide-se a violentar Iemanjá. Essa foge e põe-se a correr, perseguida por Orungã. Ia esse quase alcançá-la quando Iemanjá cai no chão, de costas e morre. Imediatamente seu corpo começa a dilatar-se. Dos enormes seios brotaram duas correntes de água que se reúnem mais adiante até formar um grande lago. E do ventre desmesurado, que se rompe, nascem os seguintes deuses: Dadá, deus dos vegetais; Xango, deus do trovão; Ogum, deus do ferro e da guerra; Olokum, deus do mar; Oloxá, deusa dos lagos; Oiá, deusa do rio Niger; Oxum, deusa do rio Oxum; Obá, deusa do rio Obá; Orixá Okô, deusa da agricultura; Oxóssi, deus dos caçadores; Oké, deus dos montes; Ajê Xaluga, deus da riqueza; Xapanã (Shankpannã), deus da varíola; Orum, o Sol; Oxu, a Lua.

Os orixás que sobreviveram no Brasil foram: Obatalá (Oxalá), Iemanjá (por extensão, outras deusas-mães) e Xango (por extensão, os outros orixás fálicos).

Com Iemanjá, vieram mais dois orixás yorubanos, Oxum e Anamburucu (Nanamburucu). Em nosso país houve uma forte confluência mítica: com as Deusas-Mães, sereias do paganismo supérstite europeu, as Nossas Senhoras católicas, as iaras ameríndias.

A Lenda tem um simbolismo muito significativo, contando-nos que da reunião de Obatalá e Odudua (fundaram o Aiê, o “mundo em forma”), surgiu uma poderosa energia, ligada desde o princípio ao elemento líquido. Esse Poder ficou conhecido pelo nome de Iemanjá.

Durante os milhões de anos que se seguiram, antigas e novas divindades foram unindo-se à famosa Orixá das águas, como foi o caso de Omolu, que era filho de Nanã, mas foi criado por Iemanjá.

Antes disso, Iemanjá dedicava-se à criação de peixes e ornamentos aquáticos, vivendo em um rio que levava seu nome e banhava as terras da nação de Egbá.

Quando convocada pelos soberanos, Iemanjá foi até o rio Ogun e de lá partiu para o centro de Aiê para receber seu emblema de autoridade: o abebé (leque prateado em forma de peixe com o cabo a partir da cauda), uma insígnia real que lhe conferiu amplo poder de atuar sobre todos os rios, mares, e oceanos e também dos leitos onde as massas de águas se assentam e se acomodam.

Obatalá e Odudua, seus pais, estavam presentes no cerimonial e orgulhosos pela força e vigor da filha, ofereceram para a nova Majestade das Águas, uma jóia de significativo valor: a Lua, um corpo celeste de existência solitária que buscava companhia. Agradecida aos pais, Iemanjá nunca mais retirou de seu dedo mínimo o mágico e resplandecente adorno de quatro faces. A Lua, por sua vez, adorou a companhia real, mas continuou seu caminho, ora crescente, ora minguante…, mas sempre cheia de amor para ofertar.

A bondosa mãe Iemanjá, adorava dar presentes e ofereceu para Oiá o rio Níger com sua embocadura de nove vertentes; para Oxum, dona das minas de ouro, deu o rio Oxum; para Ogum o direito de fazer encantamentos em todas as praias, rios e lagos, apelidando-o de Ogum-Beira-mar, Ogum-Sete-ondas entre outros.

Muitos foram os lagos e rios presenteados pela mãe Iemanjá a seus filhos, mas quanto mais ofertava, mais recebia de volta. Aqui se subtrai o ensinamento de que “é dando que se recebe”. Fonte: Deusa Iemanjá

Sobre Iemanjá
É considerado o orixá mais popular do Brasil (e também em Cuba), é o único que tem festas públicas e feriados em sua homenagem. Isso acontece porque a Rainha do Mar é a padroeira dos pescadores, decidindo o destino de todos aqueles que entram no mar.

O Brasil tem uma costa gigantesca tornando a pesca uma atividade comum nas cidades praianas, além de todo um comércio relacionado aos produtos do mar. Diante disso, os pescadores sempre lembram e pedem proteção para Iemanjá para que a pescaria seja farta e segura. Ela também é lembrada por familiares daqueles que se aventuram no mar, pedindo que a jornada seja concluída sem perigo.




02 de fevereiro é celebrado o dia de Iemanjá. A maior festa dedicada a Rainha do Mar ocorre em Salvador, capital da Bahia. Neste dia, milhares de pessoas vestem branco e fazem um procissão até o templo de Iemanjá. Outras seguem até o mar para adorá-la e agradecer as bençãos que ela concedeu, além de entregar presentes em agradecimento.

Além desta data, devotos realizam celebrações também em 15 de agosto e 31 de dezembro, por conta da virada de ano e as simpatias das 7 ondas.

Influência da Rainha do Mar no Brasil
Tudo começou com a chegada dos africanos ao país. Iemanjá é um orixá da religião do povo Egba, nativos da cidade de Abeokuta, na Nigéria. A Rainha do Mar é conhecida como divindade das águas doces e salgadas. Porém nos dias de hoje é reverenciada no Candomblé, Umbanda, Xambá, Omolokô e Vodu haitiano. Sua influência é percebida em canções diversas, histórias, novelas e filmes.
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Iemanjá Rainha do Mar

Pedro Amorim / Sophia De Mello Breyner
Voz: Maria Bethania ·


  • Quanto nome tem a Rainha do Mar?
  • Quanto nome tem a Rainha do Mar?

  • Dandalunda, Janaína,
  • Marabô, Princesa de Aiocá,
  • Inaê, Sereia, Mucunã,
  • Maria, Dona Iemanjá.

  • Onde ela vive?
  • Onde ela mora?

  • Nas águas,
  • Na loca de pedra,
  • Num palácio encantado,
  • No fundo do mar.

  • O que ela gosta?
  • O que ela adora?

  • Perfume,
  • Flor, espelho e pente
  • Toda sorte de presente
  • Pra ela se enfeitar.

  • Como se saúda a Rainha do Mar?
  • Como se saúda a Rainha do Mar?

  • Alodê, Odofiaba,
  • Minha-mãe, Mãe-d'água,
  • Odoyá!

  • Qual é seu dia,
  • Nossa Senhora?



  • É dia dois de fevereiro
  • Quando na beira da praia
  • Eu vou me abençoar.

  • O que ela canta?
  • Por que ela chora?
  • Só canta cantiga bonita
  • Chora quando fica aflita
  • Se você chorar.

  • Quem é que já viu a Rainha do Mar?
  • Quem é que já viu a Rainha do Mar?

  • Pescador e marinheiro
  • que escuta a sereia cantar
  • é com o povo que é praiero

  • que dona Iemanjá quer se casar.






terça-feira, 28 de janeiro de 2020

CARNAVAL: Origem e sua história (...)


O Carnaval é uma tradicional festa popular realizada em diferentes locais do mundo, sendo a mais celebrada no Brasil. Apesar do forte secularismo presente no Carnaval, a festa é tradicionalmente ligada ao catolicismo, uma vez que sua celebração antecede a Quaresma. O Carnaval não é uma invenção brasileira, pois sua origem remonta à Antiguidade.

A palavra Carnaval é originária do latim, carnis levale, cujo significado é “retirar a carne”. Esse sentido está relacionado ao jejum que deveria ser realizado durante a Quaresma e também ao controle dos prazeres mundanos. Isso demonstra uma tentativa da Igreja Católica de controlar os desejos dos fiéis.

ORIGEM do CARNAVAL
Alguns estudiosos entendem o Carnaval como uma festa cristã, pois sua origem, na forma como entendemos a festa atualmente, tem relação direta com o jejum quaresmal. Isso não impede que sejam traçadas as origens históricas que nos mostram a influência que o Carnaval sofreu de outras festas que existiam na Antiguidade.

Na Babilônia, duas festas possivelmente originaram o que conhecemos como Carnaval. As Sacéias eram uma celebração em que um prisioneiro assumia, durante alguns dias, a figura do rei, vestindo-se como ele, alimentando-se da mesma forma e dormindo com suas esposas. Ao final, o prisioneiro era chicoteado e depois enforcado ou empalado.

Outro rito era realizado pelo rei no período próximo ao equinócio da primavera, um momento de comemoração do ano novo na Mesopotâmia. O ritual ocorria no templo de Marduk (um dos primeiros deuses mesopotâmicos), onde o rei perdia seus emblemas de poder e era surrado na frente da estátua de Marduk. Essa humilhação servia para demonstrar a submissão do rei à divindade. Em seguida, ele novamente assumia o trono.



O que havia de comum nas duas festas e que está ligado ao Carnaval era o caráter de subversão de papéis sociais: a transformação temporária do prisioneiro em rei e a humilhação do rei frente ao seu deus. Possivelmente a subversão de papéis sociais no Carnaval, como os homens vestirem-se de mulheres e outras práticas semelhantes, é associável a essa tradição mesopotâmica.

A associação entre o Carnaval e as orgias pode ainda relacionar-se com as festas de origem greco-romana, como os bacanais (festas dionisíacas, para os gregos). Seriam eles dedicados ao deus do vinho, Baco (ou Dionísio, para os gregos), marcados pela embriaguez e pela entrega aos prazeres da carne.



Havia ainda, em Roma, a Saturnália e a Lupercália. A primeira ocorria no solstício de inverno, em dezembro, e a segunda, em fevereiro, que seria o mês das divindades infernais, mas também das purificações. Tais festas duravam dias, com comidas, bebidas e danças. Os papéis sociais também eram invertidos temporariamente, com os escravos colocando-se nos locais de seus senhores, e estes colocando-se no papel de escravos.


CRISTIANISMO e CARNAVAL
As festas citadas eram, naturalmente, celebrações pagãs e eram extremamente populares. Com o fortalecimento de seu poder, a Igreja não via com bons olhos essas celebrações nas quais as pessoas entregavam-se aos prazeres mundanos. Nessa concepção do cristianismo, havia a crítica da inversão das posições sociais, pois, para a Igreja, ao inverter os papéis de cada um na sociedade, invertia-se também a relação entre Deus e o demônio.

A Igreja Católica, então, procurou ressignificá-las dando-lhes um senso mais cristão. Durante a Alta Idade Média, foi criada a Quaresma — período de 40 dias antes da Páscoa caracterizado pelo jejum. Tempos depois, as festividades realizadas pelo povo foram concentradas nesse período e nomeadas carnis levale.

A Igreja pretendia, dessa forma, manter uma data para as pessoas cometerem seus excessos, antes do período da severidade religiosa. Nesse momento, o Carnaval estendia-se durante várias semanas, entre o Natal e a Páscoa.


CARNAVAL na EUROPA MEDIEVAL e MODERNA
O Carnaval medieval era marcado por festas, banquetes e muitas brincadeiras.
O Carnaval medieval era marcado por festas, banquetes e muitas brincadeiras.
Durante os carnavais medievais, por volta do século XI, no período fértil para a agricultura, homens jovens que se fantasiavam de mulheres saíam às ruas e aos campos durante algumas noites. Diziam-se habitantes da fronteira do mundo dos vivos e dos mortos e invadiam os domicílios, com a aceitação dos que lá habitavam, fartando-se com comidas e bebidas, e também com os beijos das jovens das casas.

Durante o Renascimento, nas cidades italianas, surgia a commedia dell'arte, teatros improvisados cuja popularidade ocorreu até o século XVIII. Em Florença, canções foram criadas para acompanhar os desfiles, que contavam ainda com carros decorados, os trionfi. Em Roma e Veneza, os participantes usavam a bauta, uma capa com capuz negro que encobria ombros e cabeça, além de chapéus de três pontas e uma máscara branca.



Era comum na Itália renascentista a realização de bailes de máscara durante o Carnaval.
A lógica que regia as festas da Antiguidade era a mesma para o Carnaval na Europa da Idade Média e Moderna: o mundo de cabeça para baixo. Sendo assim, tratava-se de um período de inversão proposital da ordem, portanto, as restrições das vidas das pessoas eram abolidas, e os papéis que existiam naquela sociedade, invertidos.

A partir do século XVI, houve iniciativas de impor o controle sobre as festas carnavalescas no continente. Essa tentativa de silenciamento foi uma reação aos conflitos religiosos que atingiam a Europa naquele período, mas também pode ser explicada como forma de impor controle social. Outra explicação pode ser o conservadorismo vigente que buscava demonizar as festas populares.


CARNAVAL no BRASIL
O Carnaval chegou ao Brasil durante a colonização e transformou-se na maior festa popular do país.
O Carnaval chegou ao Brasil durante a colonização e transformou-se na maior festa popular do país.
A história do Carnaval no Brasil iniciou-se no período colonial. Uma das primeiras manifestações carnavalescas foi o entrudo, uma brincadeira de origem portuguesa que, na colônia, era praticada pelos escravos. Nela, as pessoas saíam às ruas sujando umas às outras jogando lama, urina etc. O entrudo foi proibido em 1841, mas continuou até meados do século XX.

Depois surgiram os cordões e ranchos, as festas de salão, os corsos, e as escolas de samba. Afoxés, frevos e maracatus também passaram a fazer parte da tradição cultural carnavalesca brasileira. Marchinhas, sambas e outros gêneros musicais foram incorporados à maior manifestação cultural do Brasil. Caso tenha curiosidade sobre o tema, leia nosso texto: História do Carnaval no Brasil.

créditos: https://brasilescola.uol.com.br/carnaval/historia-do-carnaval.htm

segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

ABACATE: Receitas e seus Benefícios (...)


ABACATE NO PRATO: BENEFÍCIOS PARA A SAÚDE E 14 RECEITAS DELICIOSAMENTE FÁCEIS DE PREPARAR!

Vamos conhecer os benefícios do nosso querido e gostoso abacate e aprender algumas receitas rápidas e incrivelmente saborosas! Tudo para incluir essa preciosidade em sua dieta! São lanches, sucos, saladas, petiscos, sobremesas e muito mais!
Se você é daqueles que chega na feira ou no mercado, olha para o abacate e não imagina o que pode fazer com ele, então se prepare! O abacate é um alimento mágico!
Você irá se encantar pelas suas qualidades nutricionais e se apaixonar pelo seu sabor e sua versatilidade na cozinha. Tenho certeza de que nunca mais deixará o abacate de fora das suas compras!


ABACATE ENGORDA?
É comum as pessoas ficarem preocupadas ao consumir o abacate, acreditando que irão engordar, por se tratar de um alimento rico em gordura.
É preciso acabar com esse mito!
É fato que o abacate tem gorduras. Entretanto, são as chamadas de mono-insaturadas, gorduras do bem e essenciais para o bom funcionamento do nosso corpo. Elas são tão benéficas para a nossa saúde quanto as do azeite de oliva extravirgem.
Ao contrário do que se imagina, evidências científicas apontam que o abacate auxilia no controle de peso e na redução do risco de diabetes.

Estudos também mostram que essas gorduras contribuem para a redução do colesterol ruim (LDL) e para a elevação dos níveis do colesterol bom (HDL).
Pesquisas ainda indicam que o consumo de abacate proporciona menor risco de síndrome metabólica, contribuindo para a redução não só de peso, mas do acúmulo de gordura na região abdominal.
Além disso, a gordura do abacate promove o aumento da sensação de saciedade, inibindo o apetite por mais tempo e reduzindo a compulsão alimentar.
Quer saber mais propriedades da fruta?


QUAIS OS BENEFÍCIOS DO ABACATE PARA A SAÚDE?
Além dos benefícios das gorduras do bem presentes no abacate, existem vários outros ganhos para a saúde proporcionados por essa fruta preciosa:
O abacate tem elevada qualidade nutricional. É considerado um alimento funcional, devido a substâncias especiais que oferecem maior proteção contra
doenças, maior estímulo à saúde e melhor qualidade de vida.

O abacate possui baixo teor de carboidratos e baixo índice glicêmico. Assim, sua
absorção pelo organismo é mais lenta e não provoca picos de glicose no sangue e acúmulo de gorduras.
É fonte de vitaminas A, do complexo B, C e E e de minerais, como ferro, zinco, potássio, fósforo, magnésio, manganês e cobre.
É um alimento rico em fibras, que auxiliam no bom funcionamento do intestino.
É rico em beta-sitosterol, um nutriente que age reduzindo a absorção de colesterol pelo organismo.
O abacate contém glutationa, um poderoso antioxidante que ajuda na proteção das nossas células contra a ação dos radicais livres, responsáveis por doenças e envelhecimento precoce.

TABELA NUTRICIONAL – QUANTAS CALORIAS TEM O ABACATE?
O abacate é uma fruta de valor nutricional tão elevado e que promove tantos benefícios
para a nossa saúde que você não deve ficar só contando suas calorias!
Não há contraindicação em consumi-lo dentro da quantidade que lhe for recomendada.
O segredo é o equilíbrio e a moderação no consumo!
Confira abaixo a composição nutricional do abacate:

Fonte: TACO – Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (por 100g).
➡ NOTA: A composição nutricional do abacate pode variar em função das suas diferentes espécies. A composição apresentada na tabela TACO, por ser um documento de credibilidade e referência nacional, apesar de não informar a variedade do abacate considerada.


QUAL A DIFERENÇA ENTRE O ABACATE E O AVOCADO?
Avocado é o nome em inglês dado para o abacate. Aqui no Brasil, conhecemos a variedade “HASS” como o avocado.
É a variedade mais consumida e comercializada no mundo. Possui tamanho bem menor que as demais. Sua casca é bem rugosa e fica quase preta quando a fruta amadurece.
Contém maior teor de gorduras e menos água, o que lhe proporciona uma polpa mais consistente, cremosa e macia.
Por isso, é a variedade mais indicada na preparação de pastas, mousses e patês. Ou melhor, é indicada para qualquer tipo de preparação e o seu sabor é perfeito! 

QUAL A QUANTIDADE IDEAL DE ABACATE PARA CONSUMO DIÁRIO?
Não é pelo fato do abacate ter um alto potencial nutritivo e fazer tão bem à saúde que ele deve ser consumido a qualquer hora e em grande quantidade, não é mesmo?
A palavra-chave aqui é moderação.
Aconselho você a procurar um profissional da área para uma melhor adequação da quantidade a ser consumida às suas necessidades, objetivos pessoais e eventuais restrições.
DICAS ÚTEIS PARA CONSUMO E PREPARO DO ABACATE
O abacate escurece rapidamente depois de aberto. Portanto, deixe para preparálo na hora de servir ou então regue a fruta aberta com suco de limão.
Manter o caroço na parte que será guardada na geladeira também ajudará a conservá-lo por mais tempo.
Para retirar o caroço, use de firmeza e pressione a ponta da faca sobre o mesmo.
Depois, gire a faca para retirá-lo.


RECEITA
MOUSSE DE CHOCOLATE COM ABACATE


O chocolate é uma verdadeira tentação! O abacate, uma fruta deliciosa! Imagine uma mousse de chocolate com abacate numa versão mais nutritiva e funcional para você comer sem culpa? Uma combinação irresistível, não é?
A melhor notícia é que os dois ingredientes são grandes aliados da nossa saúde. Confira abaixo!
SOBRE OS INGREDIENTES DA MOUSSE FUNCIONAL

  • 1. CACAU

O cacau é um alimento funcional, com ação anti-inflamatória e antioxidante, protegendo o organismo contra os radicais livres e prevenindo o envelhecimento precoce.
Ele atua reduzindo a ansiedade, pela liberação de endorfina, um neurotransmissor responsável pelas sensações de prazer e de bem-estar.
Dica importante: quanto maior a concentração de cacau no chocolate, menor será a concentração de açúcar. Portanto, precisamos dar preferência para chocolates acima de 70% cacau, pois maiores serão os seus benefícios para a nossa saúde, ok?

  • 2. ABACATE

O querido e delicioso abacate também é considerado um alimento funcional! É rico em fibras, vitaminas e minerais. Possui um elevado valor nutricional e é recheado de gorduras do bem.
Para a receita, utilizaremos o avocado, uma variedade menor de abacate. Ele proporciona uma melhor textura, cremosidade e sabor para a mousse em relação ao abacate comum.
Então, vamos agora à receita!

RECEITA DA MOUSSE DE CHOCOLATE COM ABACATE
Rendimento: 2 porções
Tempo de preparo: 20 minutos

INGREDIENTES:

  • 1 colher (sopa) de cacau em pó;
  • 1 avocado;
  • 30g de chocolate 70% cacau;
  • Açúcar de coco a gosto. Para os adeptos da dieta Low Carb, utilizar o xylitol;
  • Bebida vegetal de castanhas, o quanto baste para a consistência ficar mais pastosa e cremosa.

MODO DE PREPARO:

  1. Derreta o chocolate 70% cacau em banho-maria.
  2. Bata todos os ingredientes no processador, com exceção do chocolate derretido, até formar uma mistura bem lisa e cremosa.
  3. Acrescente o chocolate derretido e bata novamente, até ficar homogêneo. A textura da mousse precisa ficar um pouco molinha, pois ainda irá gelar e, com isso, endurecer e chegar na cremosidade desejada.
  4. Distribua a mousse em taças ou copinhos individuais e leve para a geladeira por 2 horas.


 ➡ DICAS DE OURO: 

  • Cubra as taças com plástico-filme. Se a mousse for armazenada na geladeira sem essa proteção, se formará uma crosta grossa sobre ela.
  • Sirva com morangos, uvas, castanhas, hortelã ou cacau nibs.
  • A durabilidade é de apenas 1 dia, por causa do abacate, que pode alterar seu sabor com muita facilidade depois de aberto e manuseado. O ideal é fazer, gelar e servir em seguida, para conservar o máximo do sabor e da textura.
  • Mas não é porque a mousse é mais nutritiva e saudável do que a versão original que devemos comer sem limites! Vamos consumir sem culpa, mas com moderação.
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quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

Fruta favorita nas praias e academias do Brasil: O Açai (...)


Na maior ilha fluviomarinha do mundo, caminhos sinuosos levam à produção da fruta favorita nas praias e academias do Brasil

A hora da partida é anunciada com uma explosão de tons de laranja, roxo e vermelho no anil do céu, que vai de encontro às águas escuras da baía do Guajará. Estamos em Belém do Pará.

Dentro de um dos navios ali atracados, o colorido é o das redes esticadas pelos corredores. Suspensa nas extremidades, a peça de tecido será usada para embalar o sono dos navegantes.

Enquanto a noite não cai, o ritmo do carimbó ecoa dos alto-falantes do bar ao fundo do segundo piso da embarcação. Serão dez horas de travessia da capital paraense até Curralinho, um dos 16 municípios que compõem o conjunto de ilhas de Marajó, no Pará.

Superior em tamanho a países como a Suíça, é o maior arquipélago fluviomarinho (banhado ao mesmo tempo por rios e mar) do mundo. A principal ilha, também chamada de Marajó, é uma entre as mais de 3.000 que formam o arquipélago. Os 25 mil habitantes moram em meio a um emaranhado de rios, mangues e igarapés.


Palafita típica da região amazônica às margens do rio Pagão, nos arredores de Curralinho, na Ilha de Marajó

Vivem do extrativismo, da pesca, da criação de animais, da agricultura e da produção de palmito e açaí.

De Curralinho até as comunidades produtoras do fruto, onde vive o ribeirinho Miguel de Moraes, 50, segue-se mais uma hora e meia de barquinho, ziguezagueando pelas estradas de água da floresta. À beira-rio, sua casa de madeira é apinhada de açaizeiros.

Nascido e criado em Boa Esperança, uma das cem comunidades do município marajoara, Miguel é presidente da Associação de Produtores Rurais Águas Extrativistas do Rio Pagão, que reúne outras 43 famílias ribeirinhas.


CESTOS FEITOS DE TALA DE ARUMÃ, CHEIOS DE AÇAÍ, AGUARDAM PARA SEREM DESEMBARCADOS

Papinhas e radinhos
É antiga sua relação com os açaizais. Com seis meses de vida, já comia papinha de açaí. “Até o fim dos anos 1990, a fruta tinha pouco valor por aqui”, diz. “Trocava-se por farinha, arroz, feijão e até por radinho de pilha”, lembra Miguel, enquanto come, em uma tigela, a polpa junto com um naco de carne e uma porção misturada de arroz e macarrão.

No Pará, o açaí faz parte da dieta do dia a dia: come-se em todas as refeições, principalmente com peixe frito e farinha de tapioca. A textura é mais cremosa, e o seu sabor mais puro.

Ninguém mistura com xarope de guaraná, frutas e granola, cardápio popular nas academias de ginástica. Cheia de nutrientes como cálcio, ferro e potássio, a polpa virou sinônimo de comida saudável no início dos anos 2000, quando um grupo de americanos, de férias no Nordeste, conheceu o açaí vendido na tigela, na praia. Levaram a polpa para a Califórnia. De lá, migrou para o resto dos EUA e, depois, tomou o mundo.


GAROTO ESCALA PALMEIRA PARA COLETAR O FRUTO USANDO A “PECONHA”, ACESSÓRIO QUE EVITA QUE OS PÉS ESCORREGUEM

A demanda surtiu efeito no preço da “lata” -na verdade, um cesto, chamado de paneiro, feito de tala de uma outra palmeira, a urumã. Dez anos atrás, os produtores recebiam R$ 1 pela “lata” de 14 kg da fruta. Em 2014, o valor chegou a alcançar o recorde de R$ 40.

Estima-se que 300 mil pessoas dependam da fruta só no Pará, sendo ela a principal fonte de renda para cerca de 70% da população ribeirinha.


UM CATETO DESCANSA À SOMBRA, DEITADO SOBRE CACHOS DE AÇAÍ RECÉM-COLHIDO

Vaga-lumes depois da novela
A colheita acontece entre julho e novembro, época mais seca, quando o nível dos rios baixa e a terra em volta dos pés da fruta não está mais alagada. É tudo feito manualmente. Os cachos de açaí são colhidos pelos ribeirinhos, que sobem nas árvores de até 12 metros de altura. Seguindo a tradição dos antepassados indígenas, amarram os pés com a peconha, peça trançada com folhas da própria palmeira, ou, na versão mais recente, com uma saca de juta.Ainda criança, Miguel começou a subir nas palmeiras. “A gente tirava açaí só por prazer”, recorda-se ele.

Naquela época, os frutos eram amassados com as próprias mãos. Depois, eles passavam por uma peneira para a retirada da polpa. Hoje, além de TV de tela plana e refrigerador, os moradores das comunidades têm outro eletrodoméstico: a “vitaminosa”, máquina usada para bater o açaí com água, extraindo a polpa roxa de textura aveludada e separando o caroço, responsável por 90% do peso da fruta e usado como adubo. A polpa pesa menos de 10%.

O ribeirinho Miguel de Moraes, 50, produtor de açaí nascido na comunidade de Boa Esperança, na Ilha de Marajó

Entre janeiro e março os açaizais passam por uma fase de manejo. A pico da safra ocorre entre setembro e outubro, a depender do clima

Fora da área central de Curralinho, as comunidades não possuem energia elétrica. Às margens dos rios e igarapés, a força vem de geradores movidos a óleo diesel, desligados assim que termina a novela das nove. Em terra firme ou alagada, luz só de lanterna.
Ou de vaga-lume.!!

Créditos: POR ROBERTO DE OLIVEIRA,

DA ILHA DE MARAJÓ - PA
"Folha de S.Paulo"

terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Receitas Típicas de Natal pelo Mundo (...)



Hoje O MY FACELOOK vai levar-te a dar a volta ao mundo, mas concentrando-te apenas num dos sentidos: O PALADAR. Aproveitando as datas em que estamos, e já que começamos a abrir as caixas de chocolates e a encomendar o bacalhau e o bolo rei, pensámos que gostarias de realizar uma viagem gastronómica pelas receitas de Natal de todo o mundo. Obviamente temos o típico bacalhau à moda portuguesa, mas também passaremos por Itália para comer uma pasta com caldo, voaremos até ao Brasil para provar a farofa, sem deixar de sentar-nos algumas horas na vizinha Espanha e provar o seu cordeiro no forno…

E não te esqueças de deixar espaço para as deliciosas sobremesas de Natal! Encontraremos a parte mais doce desta noite na França com o seu tronco de Natal, ou nos mercados da Alemanha, onde não poderás perder um bom lebkuchen (pão de gengibre).


Portugal: Bacalhau
Como não podia ser de outra forma, os portugueses celebram o Natal com um jantar em que o protagonista é o bacalhau. Nestas datas serve-se cozido, com batatas e legumes.
Espanha: Cordeiro assado no forno
Dizem que o cordeiro está no seu ponto quando se desfaz na boca. O fundamental é que a carne seja boa e, quando mais jovem seja o cordeiro, melhor! Em Espanha é normal fazer o pedido com antecedência e depois, em cada casa, aplicam-se esses truques pessoais para que a carne não fique demasiado seca, temperando-a com vinho, água, loureiro, limão, azeite, alho… Três horas depois, a casa começa a cheirar a Natal e os pratos chegam à mesa acompanhados de batata, cebola e cordeiro.
França: Tronco de Natal
O tronco de Natal ou Bûche de Noël é a sobremesa típica de Natal na França. Há várias receitas, mas a mais popular consiste num bolo fofo, coberto con creme de chocolate. E a decoração é o mais importante! Quanto mais realista seja o tronco, melhor!
Estados Unidos: Presunto com ananás
Se há um prato típico na noite de Natal nos Estados Unidos é o presunto com ananás. No país dos churrascos, a carne à brasa é um dos pratos típicos que não ponde faltar no livro das receitas de Natal. No entanto, há outros pratos populares nestas datas como o pato recheado ou o pão de gengibre.
Reino Unido: Pudim de Natal/Christmas Pudding
Com ingredientes como a canela, o gengibre, os dátiles ou as nozes, não sorpreende que esta seja a sobremesa perfeita para terminar um delicioso jantar de Natal. O grande momento chega quando o pudim se flamba com brandy. Um espectáculo!
Brasil: Farofa com presunto
No Brasil não há espaço para sopas ou pratos demasiado quentes no Natal. Não podemos esquecer-nos de que aí é Verão! Aqui, onde a influência portuguesa se vê (e saboreia) em cada esquina não falta o bacalhau na mesa. No entanto, há outras especialidade como a farofa, uma espécie de farinha de mandioca que se pode combinar com uma grande diversidade de ingredientes, principalmente carnes assadas como salsichas ou presunto.
Filipinas: Leitão Kawali
O caso das Filipinas é uma excepção, já que é um dos poucos países asiáticos onde se celebra o Natal. As  casas, que começam a decorar-se em metade de Outubro, enchem-se de cores também na cozinha. Um dos pratos que não podem faltar na mesa é o leitão Kawali: carne crocante e suculenta ao mesmo tempo, com uma porção de arroz, molha de ostra, etc…
Alemanha: Lebkuchen
O lebkuchen ou “pão de gengibre” é um dos doces mais típicos do Natal na Alemanha. Podes encontrá-lo em qualquer mercado de Natal com diferentes formas e cuidadas decorações. Entre todas as bolachas de Natal existentes, estas são as mais famosas.
Itália: Cappelletti in brodo
Estando em Dezembro, em Itália não podem faltar sopas no menú. Muitas receitas de Natal italianas não levam carne, devido à tradição religiosa do país. No entanto, os cappelletti (ou tortellini), que normalmente se comem nos dias 24 e 25 estão recheado de frango e queijo ricota, e são cozidos em caldo de capão.
Grécia: Melomakaroma
Estes doces feitos basicamente com farinha, azeite e mel não podem faltar em nenhuma casa grega no Natal. Como se apresentam? Polvoreados com pequenos pedaços de avelã.
Polónia: Barszcz com pierogi
Os polacos têm muitas tradições e superstições relacionadas com o Natal.  Uma delas diz que na ceia de Natal deve haver 12 pratos na mesa (para os 12 apóstolos), e não pode faltar a sopa vermelha barszcz, elaborada com beterraba que pode ser acompanhada de pierogi.
Hungria: Halászlé
Um dos pratos típicos no Natal é a sopa de peixe ou halászlé. Mas no jantar familiar também há receitas de carne e, como não podia deixar de ser, doces natalícios, entre os quais se destaca o bejgli, um bolo feito com mel e nozes ou sementes de papoila.
Nigéria: Sopa okra
Na Nigéria, o Natal celebra-se fundamentalmente no Sul e Este do país e entre as comidas tradicionais destacamos dois ingredientes: o ñame, um tubérculo que se serve como puré ou cozido com mais legumes e a okra ou quimbombó, um fruto verde com o qual se podem fazer sopas ou estofados.
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